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Takala ou Pequenos Milagres

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Apalavra Takala é um substantivo no hebraico que significa falha ou funcionamento defeituoso. O dia 29/01/2017 um lindo e ensolarado domingo  começou com uma série de casualidades. Logo na entrada do Escritório de Serviços Religiosos em Givaat Shaul, um senhor pouco mais velho do que eu esperava na recepção para ser atendido. Ao me aproximar dos guardas, puxei uma conversa alegremente com o segurança sobre como deixar de fumar e “de repente” uma  queda de  energia e as catracas pareciam desmaiadas, largando seus braços elétricos no ar. O senhor se aproxima e diz ao  segurança: “vocês precisam de UPS”. Eu pensei: ué o que um sistema de courier tem a ver com a queda de  energia? Ele se aproximou da catraca , como que adivinhado que eu e o guarda não tínhamos a menor idéia do que era e disse: “Vocês precisam de um estabilizador desses  que hospitais e outros lugares usam em caso de queda brusca de energia!  Numa tomada, o segurança já mudava o assunto e passava a me atender à minha pe

Dois pesos e uma só medida!

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Sao Paulo, o ano era 2014 e a véspera da noite mais importante do cristianismo, o Natal. Com esse ano aprendi uma lição sobre generosidade. Vi que muitos no mundo, ainda não estão aptos a praticar esse presente dado por D'us!  Logo pela manhã, ainda me espreguiçava na cama, tentando começar o dia, quando de alguma maneira, não me lembro bem o fio da meada, iniciou-se uma conversa para lá de indigesta. O tema: avareza. O destinatário, os judeus! A palavra em hebraico para avareza é kamsanut! קמצנות  Tristeza maior é saber que esse  arquétipo está enraizado em todo o mundo ocidental. Judeu é  avarento, é mau, escraviza outros povos,  paga salários de  fome, não se importa com a vida dos outros,  come criancinhas na noite de Natal, e por aí afora.  Por conta desse arquétipo enraizado no inconsciente coletivo mundial, sofremos toda a sorte de perseguições: dos libelos de sangue, à inquisição, dos pogroms de 1938, à noite dos cristais e o impensável holoca

O menino e o mundo!

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Há muito não escrevo! A história começa no final de 2013, em uma viagem à cidade de Niterói, linda, ensolarada, cheia de cor e luz! Mas essa história me marcou de muitas formas. Primeiro, porque onde há uma criança sempre há poesia e ensinamento! Mas também onde há adultos, pode haver ressentimentos e dor! As crianças que ali encontrei eram pura energia e estavam muito curiosas para saber afinal quem era a “tia Maggie”, que trazia a novidade de uma terra distante, chamada Israel! Depois de um jantar gostoso com as crianças, voltávamos da pizzaria, ouvindo músicas em hebraico. As crianças estavam excitadas em aprender a falar palavras na língua estrangeira e diferente! Era um tal de “tia me diz como se fala isso, tia me diz como se fala  aquilo! A atmosfera era de muita alegria... ou quase! Então, o menino de 10 anos, sentado no meu colo começou a me perguntar: ___Tia, Israel é assim cheia de guerra e terroristas matando pessoas com bombas? Deve ser horrível

Bat Sheva, a mulher amarela.

Sexta-feira, fim-de-semana. Ainda tinha mais um dia de trabalho ate que pudesse enfim descansar. Apos duro de trabalho, para organizar tudo para o proximo domingo.  Esta noite resolvi dedicar aos meus caros amigos do bairro vizinho, Shaare Hessed, que em portugues quer dizer algo em torno de Os portoes da Graca. Cheguei em casa por volta das tres. Nas maos, sacolas de supermercados e fome, muita fome. Nao ia conseguir esperar ate 19h00 para jantar. Preparei a casa, cozinhei um rapido spaguetti e logo chegava o shabbat. Acendi as velas e deitei-me um pouco ate que chegasse a hora de ir aos meus amigos. Meu amigo ja me esperava as 18h30 pontualmente pra jantarmos na casa de outros amigos, no predio vizinho ao seu. Sua dificuldade extrema em andar e a serveridade de sua doenca o limitavam, deixando-o quase que a uma prisao domiciliar. Resolvi nao esperar o elevador de shabbat e subi 10 lances de escadas e no meio do caminho encontro com ele, tentando descer com muito esforco as escada

O motorista que sabia de cor a HaTikva

Que falta faz escrever! Principalmente quando se vive em uma cidade cheia de vida, experiencias e pessoas das mais interessantes. Aqui em Jerusalem, uma simples corrida de taxi, pode nos levar a experiencias incriveis. Ja dizia meu colega David Goldshmidt, que aqui todo motorista de taxi eh no minimo um professor, quando nao um filosofo. E comigo nao poderia ser diferente. Eliezer, o nosso protagonista, dono de uma voz inconfundivel, gutural  e profunda.  Impressao de quem fumou durante decadas. Mas para minha alegria, apenas um probleminha nas cordas vocais. Pois foi com essa voz, que comecamos a conversar no meu caminho de volta do trabalho em Mevasseret, para casa em Jerusalem. E comecamos a falar sobre o tempo e de como pensava estar atrasada para a minha aula, que comecava as 6 da tarde. Ele fez uma breve consulta no relogio e logo declarou: "Nao se preocupe, voce chegara a tempo". E ai me perguntou qual era meu estudo e o que fazia e ai disse a ele que ainda est

O compasso e as sirenas

Sexta-feira, 16/11/12. Sono e preguica pra levantar naquela manha. Os dias cada vez mais curtos e o sol nascendo timido na velha Jerusalem. O dia prometia passar ligeiro, mas precisei trabalhar. Tinha que atender um pedido da minha gerente. Afinal as ultimas semanas trabalhamos 24 x 7, atendendo grupos e agentes, brasileiros pra la e  pra ca, que iam e viam pela cidade santa. Nos jornais, novidade so  as eleicoes americanas e o terrivel Sandy. No Brasil, as eleicoes para prefeito e governador. Sao Paulo conquistada por Hadad.. Na Europa, a malfadada politica de reducao ao salario.   Por aqui os conflitos de sempre, o sul vivendo as constantes ameacas e misseis que alteram sua rotina ha 12 anos. Bibi, se preparando para as suas previas. Ja me preparava para passar mais um shabat em Jerusalem, e ainda queria comprar frango, quem sabe cozinhar alguma coisa, ja que passaria sozinha. De repente recebo uma chamada internacional, era um agente brasileiro pedindo pra que eu convencesse o l

rodrigo fiuza

rodrigo fiuza